Muitos dos nossos amigos e familiares estavam compreensivamente preocupados com a nossa exposição perante a radiação durante o nosso regresso ao Japão.
Obviamente, desde antes da nossa chegada, seguimos uma consciente dieta macrobiótica com predominância no consumo de sopa de miso, e uma atenta exclusão de açúcar e fruta. Como prevenção, adquirimos bons detectores de radiação que nos acompanham desde Maio, em cada etapa deste processo.
Relembrámos a sensação estranha sentida nas primeiras vez que atravessamos as zonas afectadas em Maio, tendo-nos dado conta da presença da radiação que atingiu o pico quando nos dirigíamos para norte de Tokyo, passando a oeste da central nuclear de Daiichi.
Nesta viagem, seguindo mais ou menos o mesmo percurso, a presença da exposição perante a radiação foi menos sentida; na verdade, a dose cumulativa de radiação a que desta vez nos expusemos até agora equivale a cerca de duas radiografias dentais (algo a que não tenho sido submetido nos últimos 5 anos, o que talvez ajude a equilibrar as coisas!).
O dosímetro praticamente atingiu o seu pico em 0.07mR/h, para quem acompanha estes valores. Há locais em Tokyo e áreas suburbanas que apresentam valores de 0.79mR/h que somam aos nossos valores de exposição acumulada.
Resumindo: estamos seguros, bem alimentados, sopas de miso diárias, bastantes algas, nori que-se-derrete-na-boca, e em presença atenta para com as cerca de 90.000 pessoas que foram obrigados a mudarem-se para casas temporárias - fruto da constante radiação que continua a ser libertada pela central nuclear.
O workshop em Sendai, no Hachihonmatsu Community Center será o nosso próximo destaque no blog.
Para acederem a imagens desta formação, acedam ao link Global Outreach no menu do lado esquerdo e depois em Images na linha de links no topo da página.
W.S.
Este artigo foi publicado a partir de um equipamento carinhosamente cedido pela TBstore
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